quarta-feira, 25 de maio de 2016

BRINQUE COM SEU FILHO - EM NOME DE SUA SAÚDE






BRINQUE COM SEU FILHO - EM NOME DE SUA SAÚDE

Resolvi escrever este texto após uma experiência que me trouxe uma reflexão muito pertinente.
Dia desses estive numa casa de saúde e maternidade acompanhando uma pessoa e fiquei sentada ali nos bancos de espera da recepção enquanto a aguardava.
Pessoas entravam e saíam de suas consultas, e então chegou um casal muito jovem com uma criança de aproximadamente seis anos.
A enfermeira mediu a febre e fez todos os procedimentos rotineiros em seguida fez algumas perguntas à mãe, que afirmou que o filho não dormiu durante a noite e relatou estar com a temperatura um tanto alta.
A mãe sentou-se ali também no banco de espera da recepção, ficou mexendo no celular e o pai lá fora junto com a criança. Pouco tempo depois a criança começou a correr e o pai passou a brincar com ela, corriam, brincavam, riam, se abraçavam, e era perceptível a felicidade estampada na face daquela criança.
Logo compreendi porque aquela cena me chamou a atenção.
Como estudante da mente humana através da Parapsicologia Clínica, identificamos a cada caso apresentado ou estudado, os vários mecanismos que a mente subconsciente utiliza para garantir a sua sobrevivência e para chamar a atenção.
Pelo semblante cansado daqueles jovens, pude perceber que o subconsciente do filho traçou uma estratégia para poder de alguma forma chamar a atenção dos pais.
Como o subconsciente rege o funcionamento do corpo, utilizou-se de uma estratégia para desencadear uma febre, a qual a mãe não sabia explicar o motivo, visto que o filho estava bem até então.
A atenção e a brincadeira do pai naquele momento, pareciam uma injeção de vitamina que coravam seu rosto, despertando-lhe sorrisos que mal cabiam em seus pequenos lábios.
É importante que os pais tirem todos os dias, apesar de sua correria diária, um tempo para brincar com os filhos, para despertar neles esta vitamina de amor que é a atenção e o carinho que surge espontaneamente.
É preciso estar presente na vida das crianças, não somente em datas comemorativas ou em casos de necessidade, mas mostrar a eles que são importantes, que temos tempo para eles, tempo de qualidade e não somente de quantidade, isso fará com que sintam-se amados e queridos.
A atenção dos pais está para os filhos, assim como a respiração está para a vida.


Carla Bettin - Parapsicóloga Clínica.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

QUANTO MAIOR A AMEAÇA À SOBREVIVÊNCIA, MAIOR O EGO






É tanta gente que fala sobre o ego, vencer, transcender, dominar, abolir, ocultar, etc.
Todo ser humano traz dentro de si uma pitada de egocentrismo, não que seja necessariamente egoísta, mas egocêntrico todos somos de uma certa forma.
Um exemplo disto pode ser o fato de uma simples refeição diária, onde um impulso interno chamado fome, desperta a pessoa para a ação de alimentar-se.
Se fôssemos levar em conta que tantas pessoas passam fome no mundo, alimentar-se, poderia ser considerado -  sobre esse ponto de vista - uma atitude egóica.
Como posso ter coragem de alimentar-me sabendo que há tanta gente passando fome no mundo? Poderia ser injusto, porém, como um mecanismo de sobrevivência, iremos saciar nossa fome custe o que custar e não levaremos em conta esta visão coletiva e mais ainda de unidade.
Desde a nossa formação, muito mais ainda referindo-se ao contexto em que fomos concebidos e gerados, esse mecanismo de sobrevivência começou a ser formado. Por exemplo, o fato de o bebê chutar a barriga da mãe para força-la a mudar de posição, ou leva-la a um repouso forçado, demonstra um ser que desde ali busca o seu próprio bem estar dentro do ventre materno.
Depois, quando nascemos, vamos criando outros mecanismos de sobrevivência, e quanto maior a ameaça à nossa sobrevivência, mais fortes os mecanismos utilizados por nós.
Quando escrevo gosto de citar exemplos reais e numa ocasião em que uma pessoa me procurou buscando orientação, queixando-se do seu egocentrismo, analisamos suas programações subconscientes e verificamos que a mesma sofreu uma ameaça de aborto durante sua gestação, e que também nasceu de um parto difícil, onde tanto ela quanto a mãe sofreram.
Ela alegava que várias vezes, em conversas informais, ouviu a mãe dizer a algumas pessoas:
- Essa aí quase me matou!
Será que temos consciência da dimensão que isso causa no subconsciente de um ser humano? Principalmente de uma criança onde ouvindo tal afirmação, entende que quase provocou a morte da mãe?
Quantas pessoas carregam uma culpa inconsciente por sentir-se responsável pelo sofrimento da mãe na ocasião de um parto difícil e sofrido?
Por mais que eu estude e procure conhecer cada vez mais a mente humana, sempre me surpreendo com os seus mecanismos automáticos, e neste caso específico, juntas, minha orientanda e eu, compreendemos que ela queria sentir-se especial para ganhar a aprovação da mãe, e mostrar-lhe que sendo uma pessoa reconhecida, compensaria todo o sofrimento que “fez a mãe passar”.
Então um questionamento veio à tona:
- Por que nos incomodamos tanto com o ego, principalmente dos outros?
E a minha conclusão pessoal, somada a este caso específico, é que de uma certa forma, inconscientemente, quando o ego do outro me incomoda, é um sinal de que ele está sendo uma ameaça à sobrevivência do meu ego.

Diante de tantos estudos, e acompanhando este momento planetário em que estamos vivendo, que pede que tenhamos uma consciência maior de unidade, que olhemos mais para o TODO e deixemos de olhar somente para si mesmos, dou muito mais valor às pessoas que estão buscando as terapias. Elas nos ajudam a organizar a nossa mente e desmontar nossos fantasmas, pois quando não precisamos mais nos defender de perigos imaginários, principalmente originados do passado, podemos levantar a cabeça, olhar para frente, para os lados, para o outro e perceber que juntos podemos somar, juntos somos mais fortes e somente unidos, sem defesas, sem incômodos, poderemos viver em paz na teia da vida.


Carla Bettin
06/05/2016