terça-feira, 26 de janeiro de 2016



A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO CORPORAL ALIADO AO PROCESSO TERAPÊUTICO


Muitas pessoas estão despertando para a necessidade de um trabalho terapêutico para acessar e resolver traumas e bloqueios do passado.
Hoje me propus a escrever sobre o trabalho corporal aliado ao processo terapêutico devido a algumas leituras que tenho feito, mas principalmente pela experiência pessoal que tenho vivenciado.

Primeiro, quero colocar aqui o significado do termo "Catarse".
"O que é Catarse:
Catarse é um termo de origem filosófica com o significado de limpeza ou purificação pessoal.
O termo provém do grego “kátharsis” e é utilizado para designar o estado de libertação psíquica que o ser humano vivencia quando consegue superar algum trauma como medo, opressão ou outra perturbação psíquica."

Sabemos que é o Subconsciente que rege nossas emoções, nosso corpo e nossa realidade.
Num estado de doença ou desequilíbrio emocional, conclui-se que o Subconsciente está mal programado nesta ou naquela área e se a pessoa, com sua função racional, não percebe o desequilíbrio, este acaba manifestando-se na sua forma física, seja em caso de doença, acidentes, questões financeiras, de trabalho etc.
Percebendo que algo está em desequilíbrio, a pessoa geralmente procura o terapeuta ou algum tipo de ajuda (pelo menos é o que seria recomendável). Então, com a ajuda do terapeuta, a entrega e o desejo sincero de colaborar com o processo, descobre-se qual a programação que está causando tal perturbação e busca-se a melhor solução.

Um exemplo que pode ser muito bem explicitado é a raiva. Muitas vezes a pessoa sente raiva e não se dá conta deste fato. Algumas pessoas dizem: "este é meu jeito de ser", ou "falo na lata o que tenho para falar", "sou assim porque sou do signo tal" e assim vai justificando a raiva inconsciente para não ter que mudar, ou por já ter o costume de agir de tal maneira, porém muitas vezes a raiva pode se expressar numa doença de pele, numa gastrite, numa dor de cabeça constante e ao invés de procurar ajuda, a pessoa medica.
Já sabemos que medicar não cura, somente alivia os sintomas.
Identificada a raiva, a pessoa pode compreender onde se originou tal sentimento, porém, esta compreensão aconteceu a nível de consciência o que já é uma grande evolução.
Em casos onde estes sintomas já estão a nível físico, para concretizar a cura completa, é necessário que se materialize isso no seu DNA, e é aí que entra o trabalho corporal.
O trabalho corporal consiste em mexer nas células do nosso corpo e por meio da "catarse" eliminamos da nossa genética, os padrões atrapalhados que lá se materializaram.

É por isso que é muito comum que os bebês, principalmente quando ainda não sabem andar, tenham febres constantes, trata-se do corpo expurgando as impurezas e reequilibrando as células automaticamente, visto que nesta idade o bebê ainda não pode tomar a decisão e nem está ao seu alcance fazer algum tipo de trabalho corporal, então aí temos a febre em seu lado positivo. Claro que em alguns casos, os pais devem procurar um médico, mas na maioria das vezes, é necessário manter a calma e perceber que trata-se de algo muito comum no desenvolvimento da criança.
É comum que não tenham mais febre depois que começam a engatinhar e principalmente a andar e correr, pois aí o corpo está em movimento, realizando este reequilíbrio através da catarse e muito raramente em forma de febre.

Existem muitas opções de atividades que podem nos auxiliar com a vivência da expressão corporal e que podem produzir a catarse, podemos ainda escolher aquele que mais nos agrada, visto que o processo terapêutico não precisa ser um fardo, ele pode ser prazeroso e divertido. Dentre várias opções, cito: dança, yoga, artes marciais, corrida, caminhada, dinâmicas grupais, esportes, jogos cooperativos, bioenergética e por aí vai.

Nosso corpo é uma morada Sagrada, não adianta comprar móveis novos e lindos se não limpar a casa para recebê-los.
Eliminar a negatividade é tão importante quanto alimentar a positividade, este trabalho pode ser feito em conjunto e vale ainda lembrar que só se expressa fora, aquilo que já está em nosso interior.

Texto: Carla Bettin
Foto: internet