quinta-feira, 28 de julho de 2016

A INCOERÊNCIA DA INVEJA





A INCOERÊNCIA DA INVEJA

Esta semana, este tema surgiu após algumas conversas com amigos e orientandos.
Independente de qual fosse o assunto, chegava-se à tão temida e desagradável INVEJA.
Mas o que me chamou a atenção analisando o padrão de todos os relatos que ouvi, foi o sentimento de NÃO MERECIMENTO que algumas pessoas demonstravam por trás de suas palavras.
Percebi nas pessoas que mais temiam a inveja, que eram merecedoras de todas as conquistas as quais mencionavam serem alvo de inveja, porém não se sentiam como tal.
Foi então que surgiu este insight: A inveja é assim - a pessoa quer o troféu do ganhador da corrida de 200 metros, mesmo tendo treinado e concorrido à prova dos 100 metros.
Sempre será o sabor de uma vitória honesta e conquistada com muita dedicação que fará com que o prêmio seja muito mais do que merecido, mas que seja sentido.
Percebo claramente que muitas pessoas se sabotam em nome de uma fidelidade inconsciente a algo ou alguém. Por exemplo:
Poderia uma esposa ser mais bem sucedida que seu marido?
Poderia um filho achar-se digno de ser tão vitorioso quanto seus pais?
Poderia um funcionário evoluir tanto a ponto de superar o talento de seu patrão?
Por este motivo, inconscientemente alguns ficam estagnados em suas conquistas.
É preciso ter metas claras e objetivas e estar ciente do caminho a ser percorrido. Esta consciência interior de que cada pessoa tem um caminho único a percorrer é que vai sempre nos trazer a clareza e o cuidado em não manifestar sentimentos como a inveja, e por não manifestarmos também não a temeremos.
Eis aí mais um motivo para que criemos o hábito cada vez mais frequente de comemorar nossas vitórias, e muito mais do que comemorar, relembrar todo o processo em que nos dedicamos, pois cientes de todos os passos dados durante o percurso, ativaremos a consciência e o sentimento de MERECIMENTO e então abriremos a mente e o coração para receber e sentir a tão almejada VITÓRIA. 


Carla Bettin
28/07/2016




quinta-feira, 21 de julho de 2016

RECONHECENDO NOSSO MERECIMENTO





RECONHECENDO NOSSO MERECIMENTO


“Certa vez, uma pessoa faminta teve a oportunidade de sentar-se a uma mesa ricamente servida. Mas ela disse: “Isso não pode ser verdade!” E continuou morrendo de fome.” (Bert Hellinger) .

As vezes me pego a meditar sobre esta frase de Bert Hellinger. Desde a primeira vez que a vi, ganhou minha atenção.
Por vezes me deparo com situações em que a vida me presenteia com algo extraordinário, com surpresas, vitórias, conquistas, situações e pessoas maravilhosas com as quais não estou habituada.
Por vezes, me peguei  - como a pessoa da frase - diante de algo tão maravilhoso, porém acabei faminta por não me sentir merecedora de tal acontecimento ou situação a qual ao invés de deliciar-me, duvidei de sua veracidade.

Tudo na vida é aprendizado, e acredito que nela, a maioria das pessoas busca a oportunidade de vivenciar bons momentos, pois no mais íntimo de todo ser humano, há uma força que acredita ser possível viver com leveza, com abundância, paz, alegria, harmonia consigo mesmo e com todos os seres.

Acontece muitas vezes, que a lente com a qual olhamos para a vida, está embaçada por situações de sofrimento, de rejeição, escassez, memórias de dificuldades que nossos antepassados tiveram que passar, mas que no fundo, dentro deles também havia a semente de esperança para uma vida melhor, e assim, mesmo diante de tanta dor e sofrimento, com esta semente deram continuidade à vida, e foi desta forma chegamos aqui, ainda que algumas vezes com a lente embaçada, mas ao mesmo tempo, com a força e a coragem para limpá-la e então, em nome dessa esperança, aliada à nossa busca interior, vivenciar a tão sonhada vida de paz e harmonia.

Autoconhecimento é o que sempre utilizei para limpar minha lente, mas um dia notei que somente isso não bastava, havia também a necessidade de apresentar aos olhos já programados por estes embaraços, o conhecimento de uma nova realidade. 
A partir daí, através do método de reprogramação, busco despertar este novo olhar com o qual poderei perceber a vida através de minhas novas lentes. 

Dizer a si mesmo(a):

“Mereço tudo o que é bom” – reprograma os olhos que enxergam as coisas como ruins e mostra que sempre existe o lado bom de tudo.

“Comigo tudo dá sempre certo” – reprograma os olhos que só veem problemas, ajudando-os a focar em soluções.

“Mereço amar e ser amada” – reprograma os olhos para que acreditem que podem viver o amor mais puro e verdadeiro.

“O dinheiro circula livre e abundantemente em minha vida” – reprograma os olhos para que deixem de enxergar a escassez e percebam que a vida é abundante.

“Tenho saúde normal e perfeita” – reprograma os olhos para que percebam que a saúde é consequência de cuidado e atenção para consigo mesmo.

“O mundo é bom e eu amo viver” –reprograma os que sentem desânimo perante a realidade e motiva-os a criar um novo mundo.

E assim, somando o autoconhecimento que limpa a lente, juntamente com a programação de um novo olhar, sigo reprogramando minha vida para a realidade que desejo manifestar.
Muito mais do que aceitar o banquete de abundância divina que a vida tem a oferecer, sigo aceitando, saciando e nutrindo com fartura a mim e aos meus ancestrais com tantas maravilhas, e assim honro o caminho que eles prepararam para que eu pudesse chegar até aqui e os representar muito dignamente nesta realidade que tanto sonhamos em viver.

Que a vida seja vivida e apreciada a cada momento, que é único. O presente que é hoje, amanhã será visto como aquele que foi a semente de um futuro ainda melhor.

Carla Bettin - Parapsicóloga Clínica.
21/07/2016

quinta-feira, 14 de julho de 2016

A CORTINA DO SILÊNCIO






A CORTINA DO SILÊNCIO



O silêncio interior esconde-se atrás de uma cortina.
No palco da ilusão do teatro da vida, atrás da cortina, existe um universo onde poucos têm coragem de entrar. O universo da essência, o universo onde tudo é verdadeiro, onde o ator tira sua máscara e pode agir a partir da vida real.
No palco da ilusão, muitos papéis são representados, afinal representar é muito fácil. 
No teatro da vida podemos ser o que a gente quiser, basta atuar. A dificuldade - na maioria dos casos, encontra-se em atuar na vida real, viver a partir da essência, do bem, da união e do amor.
Chega uma hora, em que a maioria das pessoas se cansa de encenar e percebem a grande ilusão do palco, saem de cena e descobrem que uma verdadeira estrela brilha por si só, ela não precisa de esforço, brilhar é sua essência. Percebem então que a vida real é a única verdade de SER.
O silêncio é a força maior do universo, e permite que tudo exista sem caos, sem controle, sem limites. No silêncio tudo é possível.

É na escuridão da noite que podemos contemplar o brilho das estrelas, porém elas não se mostram durante o dia, assim também o sol, que brilha de dia e esconde-se durante a noite, e não quer dizer que deixam de brilhar, ambos simplesmente esperam pacientemente, atrás da cortina do silêncio, o momento de brilhar novamente. 


Carla Bettin
14/07/2016