Nosso corpo possui uma inteligência incrível. Constato isso cada vez mais à medida pratico alguma vivência corporal, seja yoga, dança, exercícios físicos, etc.
Minha última experiência foi uma prática de yoga que trouxe uma reflexão muito significativa sobre como nossos padrões mentais se expressam em nosso corpo físico.
Na ocasião, o instrutor de yoga nos orientou um movimento de “abrir o coração”. Se tem uma linguagem que o nosso subconsciente entende muito bem, é a linguagem dos símbolos.
Dr. Pedro A. Grisa, Parapsicólogo e Mentor do Sistema Grisa, em seu livro “Liberte seu Poder Extra”, ilustra muito bem o Processo Psíquico, ou seja, “o caminho a ser percorrido para alcançar um destino determinado” neste caso o caminho que a mente percorre para atingir um objetivo.
Nosso coração, num sentido físico da palavra, ou seja, o coração como órgão, está localizado na caixa torácica, no centro do peito. Esta afirmação já contém vários símbolos com os quais a nossa mente pode interpretar os fatos, fatos estes que muito provavelmente passam despercebidos por nós no automatismo do dia-a-dia. São eles: coração, caixa, centro e peito.
Voltando para o relato da aula de yoga, quando fiz o movimento sugerido, ou seja, abri o peito, impulsionando-o para frente, levando os braços e os ombros para trás como se as mãos fossem tocar uma à outra, e as costas fossem se fechar como um casulo, me veio uma imagem como se houvesse uma casca em minha coluna e ela se quebrava, ficando mais leve.
Logo me veio a compreensão do motivo pelo qual as pessoas utilizam o termo “carregando fardos”.
Fui organizando as compreensões dentro de mim, lembrei-me também de que sempre nos dizem que devemos “seguir o coração”.
Assim compreendi que quanto maiores os fardos acumulados durante a vida, mais peso na coluna e consequentemente mais envergada ela fica para frente, fazendo com que esse peso feche o coração dentro da caixa torácica e ele fique escondido dentro do peito.
Para seguir o coração, ele deve estar à frente, protegido pela caixa e não aprisionado. Por isso precisamos de movimento, de abertura, exercitar a cada dia a flexibilidade de se libertar dos pesos e de deixar que o coração tome o seu lugar em nossa vida, conduzindo-nos a partir do centro.
Quando fazemos um movimento corporal com uma meta consciente, ou seja, fazer uma postura com uma finalidade específica, fortalecemos o processo tanto físico quanto psíquico. Muitas coisas são executadas pelo nosso corpo e pela nossa mente sem que nos demos conta, como um carro desgovernado sem motorista, mas a partir do momento que fazemos movimentos conscientes, estamos assumindo a condução do veículo, neste caso, nosso corpo. Isso pode ser muito bem exemplificado citando pessoas que se utilizam de sua faculdade consciente orientando sua vida a pensamentos, palavras, ações e hábitos saudáveis.
Então fica este aprendizado, quando a coluna estiver envergada pelos pesos da vida, solte a bagagem e deixe o coração se abrir para indicar o caminho a partir do centro. Sempre à frente em equilíbrio com as leis da harmonia, da vibração e da evolução.
Carla Bettin – Parapsicóloga Clínica
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