quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

AS VÁRIAS FACETAS DO AMOR



Amar o próximo como a si mesmo(a).
Eis o maior mandamento e muitas vezes o mais difícil de se interpretar e manifestar.
O amor é algo tão grandioso que muitos de nós estamos sempre tentando descrevê-lo, falar e dissertar sobre, mas o amor se manifesta em diferentes faces, e sempre se utiliza daquela que é mais necessária para o nosso aprendizado.
Quem nunca ouviu dizer: "Se não aprende pelo amor, aprende pela dor", e sim, a dor é apenas mais uma faceta utilizada pelo amor para nos ensinar algo.

Esta noite tive um sonho muito significativo que me inspirou este texto.
E neste sonho apareceram duas pessoas que carregam dentro de si uma mágoa muito profunda. Me incomodava muito vê-las e não compreender porque não se libertavam dessa mágoa, e porque atraíram para si situações e pessoas que abusam de seu bom coração.

Quando acordei, tive a resposta que me trouxe de volta a paz em meu coração e um grande aprendizado, liberando-me do mal estar com o qual acordei devido ao sonho.

Percebi que ali estava mais uma faceta do amor.
Percebi que muitas pessoas são inconscientemente motivadas a agirem de tal forma para nos ensinar a amar. São instrumentos em nossa vida, ora para nos ensinar, ora para que elas mesmas aprendam.

Por exemplo, aquele filho que tem atitudes grosseiras, aquele que os pais não aceitam porque preencheram todo seu corpo com tatuagens, ou que estão perdidos nas drogas e/ou no alcoolismo, mostram o quanto temos dificuldade de amar a pessoa enquanto ela está manifestando a sua pior versão.

É fácil admirar e amar uma rosa enquanto ela está aberta e bonita, mas quando temos um galho seco cheio de espinhos, pouco nos importamos, e é neste momento em que ela mais precisa de cuidados. 

Quando aprendemos a amar o outro no momento em que ele está com seus espinhos expostos, nosso amor dará forças para que ele possa manifestar uma outra face, e florescer naquilo que ele tem de melhor.

Quando o amor pode se manifestar de forma consciente, não mais precisa se utilizar de mecanismos automáticos e inconscientes para ir em busca daquilo que lhe falta.

Que a gente possa florescer em amor e dar espaço para que o outro floresça também.
Amar nossos espinhos e aceitar os espinhos do outro também e então poder apreciar o florescer de cada vez mais pessoas, assim poderemos viver em paz no jardim da vida.

Carla Bettin - Parapsicóloga Clínica
29/12/2016

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