quinta-feira, 1 de março de 2018

A ENERGIA DOS RELACIONAMENTOS



Dia desses após um atendimento, fiquei a pensar no exemplo da Sagrada Família.

José acreditou em Maria e Maria confiava em José. Assim a missão de trazer uma criança iluminada ao mundo se concretizou.

Houve um tempo em que o lado humano das religiões me deixou cética quanto ao seu lado divino.
Então me coloquei a questionar muitas coisas em relação à essas histórias, acontecimentos descritos nos livros sagrados. Muitas vezes eu até dizia: eu não estava lá para saber se realmente aconteceu, como acreditar?
Mas hoje, como terapeuta e estudiosa da mente humana, vejo muito claramente que a maioria das dinâmicas destas histórias, se repetem no inconsciente dos seres humanos e principalmente na dinâmica dos relacionamentos.
Neste atendimento, que me trouxe esta reflexão, perguntei ao meu cliente: por que você fechou o seu coração para o relacionamento afetivo? E ele respondeu: depois que você coloca o dedo na tomada e leva um choque, aprende a se proteger e não cometer mais o mesmo erro.
Nesta resposta havia muita clareza e consciência em relação aos seus sentimentos, mas como o foco era a abertura do coração e eu já havia lhe explicado a dinâmica do funcionamento da mente, que atrai ou rejeita as situações baseado em seus registros de memórias, ele compreendeu que o eletro magnetismo da "tomada" é formado pelas memórias registradas e instaladas no seu dispositivo mental.
O "choque" traz a oportunidade de alertar que algo está mal conectado dentro de si e que precisa ser ajustado.
Dois polos iguais não fazem com que a energia funcione.
Então quando duas polaridades iguais se encontram, não há eletricidade, mas quando polos diferentes se unem, a energia acontece.
Voltando ao caso de Maria e José, temos então clareza sobre dois aspectos importantes a ser levado em conta, a mulher precisa confiar no homem e o homem precisa acreditar na mulher.
A maioria dos casos que atendi, em que a mulher não conseguia engravidar, e que também não havia nenhum impedimento físico ou patológico em relação à saúde de ambos, era devido à mulher não confiar no homem, e vice-versa.
Homens com baixa autoestima e autoconfiança e mulheres com crenças atrapalhadas no que diz respeito ao seu papel de mulher, mas em ambos os casos, a origem está no interior, então, o caminho para a harmonização é olhar para dentro de si, para o relacionamento com os pais e principalmente com a sua criança interior.

A confiança guia.
A crença concretiza.
O homem é um portal de orientação e guia para a vida, que desbrava e leva à lugares seguros e protegidos onde ela possa acontecer. 
A mulher é um portal que carrega em si a carga ancestral que se materializa em vida. É um canal onde os ciclos da natureza e da vida dançam e se movimentam com e como as fases da lua. Assim conectadas servem à vida.
A energia dos polos quando conectada de forma correta, pode gerar a luz que vai iluminar e gerar uma humanidade mais harmonizada nos aspectos feminino e masculino, positivo e negativo, humano e divino.
Confiança e crença de que esta harmonia pode sim gerar um ser que venha fazer a diferença neste mundo, tanto quanto Jesus, que nos deixou um legado universal de amor, que independente de religião, hoje e sempre toca o coração da humanidade.

Carla Bettin.



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