quinta-feira, 2 de junho de 2016





UNIDADE / SEPARAÇÃO

Estava agora mesmo refletindo numa frase: "quer conhecer o caráter de uma pessoa, dê poder a ela", mas eu ainda complementaria com: dê poder a ela ou "destaque-se no mesmo ramo que ela".


Me admira que as pessoas ainda não tenham despertado para o fato de que: "o sol nasceu para todos", claro que dizem que a sombra é para quem merece, então porque perdemos tanto tempo olhando para a sombra do outro ao invés de conquistar a nossa?


Ainda outro dia refletindo sobre as competições, lembrei-me de alguns padrões que trazemos da infância, por exemplo, na ocasião da chegada de um novo filho, os adultos, de forma inconsciente dizem ao irmãozinho(a):


- Vai PERDER o colo;

- Vai PERDER a atenção dos pais;
- Agora vão gostar mais do bebê que está chegando;
- Vai ter que DEIXAR de brincar para cuidar do irmãozinho(a).

E assim sucessivamente, claro que não é em todos os casos, mas aí está um exemplo de como pode ser instalado um dos primeiros conflitos de nossa vida.

Por exemplo, neste caso pode ficar registrado no subconsciente da criança que a chegada de alguém representa uma ameaça ou perda, principalmente de afeto.

Sabemos que o Subconsciente está programado para garantir a nossa sobrevivência e que irá nos proteger de qualquer ameaça de perda ou dano, e uma criança ainda não tem capacidade de compreender que tais palavras são mera brincadeira.


Crescemos e vamos para a vida social, e possivelmente, projetaremos os conflitos não resolvidos de nossa infância nas nossas relações interpessoais e lógico, sem dar-nos conta de tal.


- Por que será que sentimos antipatia ou simpatia por determinadas pessoas logo que as conhecemos?

- Por que muitas vezes nos desentendemos com pessoas que convivem conosco, e das quais gostamos?


- Quantas vezes a chegada de um novo funcionário numa empresa causou desconforto nos funcionários antigos? 

É urgente que estejamos cada vez mais atentos à nossa forma de orientar as crianças e monitorar as palavras que usamos com elas. É na infância que temos a possibilidade de passar para elas, não somente na forma de palavras mas também de exemplos, ingredientes para a formação de um bom caráter e de qualidades que venham gerar neste ser, maior senso de unidade ao invés de separação.


Ensinar a criança a acolher o novo, a receber e respeitar as diferenças, a somar ao invés de subtrair, vai resultar também em uma relação mais harmoniosa no contexto familiar e consequentemente para um mundo melhor, pois analisando de forma mais ampla, somos todos filhos de um mesmo Pai e vivemos numa mesma casa - O Planeta Terra.



Carla Bettin

02/06/2016


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